Maxillaria tenuifolia, espécie botânica que encontra lugar em qualquer coleção de orquídeas, foi descoberta perto de Veracruz, no México, por Karl Theodore Hartweg, e descrita por John Lindley (5 de Fevereiro de 1799 - 1 de Novembro de 1865, botânico, horticultor e orquidólogo inglês) em 1837.
As plantas jovens mantêm-se compactas, mas podem também ser cultivadas como exemplares impressionantes em períodos de tempo relativamente curtos. Devido à folhagem semelhante a fios de relva, Maxillaria tenuifolia é uma espécie de interior atraente mesmo fora do período de floração. O seu nome vernacular "Orquídea de coco" alude ao forte perfume das flores, que lembra o aroma dos cocos.
Devido à sua ampla distribuição geográfica, Maxillaria tenuifolia adapta-se facilmente a uma vasta gama de condições ambientais. Do ponto de vista taxonómico, o género sofreu mudanças significativas em relação ao que foi conhecido durante um longo período. Um novo sistema de classificação foi proposto pelo PhD. Mark Whitten e Mario Blanco na edição de Fevereiro de 2011 da revista ORCHIDS Magazine (Revista Orquídeas), Boletim da Sociedade Orquidológica Americana, na tentativa de clarificar as relações deste género tão abrangente e diverso. Assim, o nome do género da espécie foi alterado para Maxillariella, mantendo-se o nome da espécie intacto. Os sinónimos aceites são Maxillaria gracilifolia Kraenzel 1927; Maxillariella tenuifolia (Lindl.) M.A. Blanco & Carnevali 2007. Plantas com folhas solitárias epífitas ou ocasionalmente terrestres, com hábito de crescimento ascendente, podendo atingir até 60 cm de altura, são encontradas em árvores em zonas de florestas abertas ou densas, a altitudes até 1500 m. Apresentam um rizoma completamente coberto por brácteas imbricadas não foliares, com pseudobulbos oblongos-elípticos até oblongos-ovados, comprimidos lateralmente, de 2-6 cm de comprimento e 1-2 cm de largura, com uma única folha apical, linear, afilada.
Espigas florais de 5 cm de comprimento, cobertas com brácteas basais que partem dos pseudobulbos maduros, e que suportam flores singulares, que se elevam até aproximadamente metade do comprimento da folha. A floração ocorre na primavera e no verão, e posteriormente as plantas necessitam de um período de repouso vegetativo durante os meses de inverno, em que a rega será drasticamente reduzida. As flores delicadas, solitárias, perfumadas, de 3,9 - 4 cm, de cor vermelha, mas com manchas amarelas ou castanhas que formam um padrão que lembra a pele de leopardo, podem variar ligeiramente na coloração, mas, em geral, as pétalas apresentam uma coloração marmoreada em vermelho escuro e vermelho claro ou amarelo escuro.
O labelo (lábio) côncavo é escuro, vermelho-sangue desde a base até quase metade do comprimento, enquanto a parte apical é de cor amarelo-escuro com pigmentação formada por manchas vermelhas púrpuras ou vermelhas castanhas.
Maxillaria tenuifolia pertence principalmente às zonas baixas do México, Guatemala, Belize, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica, a altitudes até 1500 m, em florestas tropicais com espécies de árvores de folhas caducas ou parcialmente caducas, e por vezes em ravinas das florestas quentes de carvalhos.
Cultivada a temperaturas acima de 10 ºC, tanto de dia como de noite, pertence ao registo térmico intermédio para quente. Como regra geral, é uma espécie termófila, preferindo a média da temperatura nos dias de verão em torno de 28 - 29 °C, e de 19 °C nas noites quentes. Na estação fria, a temperatura recomendada durante o dia é de 23 - 24 °C, com mínimas de 13 - 15 °C à noite.
Maxillaria tenuifolia necessita de intensidades luminosas de 15000 - 20000 lux, mas prefere luz filtrada ou difusa, associada a correntes de ar. Do ponto de vista da intensidade luminosa, Maxillaria tenuifolia necessita das mesmas condições que as espécies dos géneros Cattleya e Phalaenopsis.
A humidade do ar não deve descer abaixo de 50%, e a sua média deve situar-se em torno dos 80% ao longo do ano, sendo o uso de humidificadores ou de tabuleiros com cascalho e água extremamente útil nesse sentido. No habitat natural, a espécie recebe água em abundância durante a estação chuvosa, mas o mês de dezembro marca o início da estação seca, que dura até maio. Neste período, no caso do cultivo em apartamento, é necessário reduzir as regas, de modo a permitir que o meio de cultivo seque antes da administração de um novo suplemento de água. Alguns autores, no entanto, recomendam a aplicação do tratamento de redução da rega entre novembro e março.
Como regra geral, deve-se garantir que os pseudobulbos das plantas não se enrugem visivelmente e rapidamente. A rega das plantas pode ser feita a cada 2-3 semanas. Uma regra básica para um cultivo fácil e bem-sucedido da espécie Maxillaria tenuifolia é assegurar a humidade adequada e uma ventilação eficiente.
O substrato de cultivo recomendado para Maxillaria tenuifolia é semelhante ao utilizado para as espécies dos géneros Cattleya e Phalaenopsis, composto por casca de granulometria média a grossa, fetos secos e outros materiais similares, garantindo uma humidade abundante durante o período de crescimento. Pode ser montada, idealmente, em pedaços de casca, ou cultivada em cestos de madeira ou plástico.
É necessária a aplicação de um aditivo de carvão no substrato de cultivo, para prevenir a acidificação do mesmo e aumentar a sua permeabilidade ao ar. Durante o crescimento ativo, serão administradas fertilizações semanais com fertilizantes para orquídeas, em diluições de 25% - 50% da dose recomendada. No início do ano, quando começa o período de crescimento intensivo, podem ser aplicados fertilizantes com alto teor de azoto, e no final do verão e início do outono opta-se por um fertilizante com alto teor de fósforo, para estimular a floração.
Período de repouso, no inverno, será representado pela limitação da rega, sem deixar, no entanto, que a parte superior do substrato seque excessivamente. Simultaneamente, a fertilização será limitada ou interrompida, sendo retomada juntamente com o reinício das regas.
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