Denominado por Louis – Marie Aubert Du Petit - Thouars em 1822, e pertencente à tribo Dendrobieae, o género Bulbophyllum deriva o seu nome do grego antigo, das palavras bulbos, que significa bulbo, e phyllon, que significa folha. As espécies do género Bulbophyllum estão intimamente relacionadas com as do género Cirrhopetalum, e juntas são consideradas os géneros de orquídeas com o maior número de espécies. Taxonomicamente, conhecem-se pelo menos 25 géneros relacionados, sendo os mais comuns Cirrhopetalum, Ione, Mastigion, Megaclinium, Rhytionanthos e Trias.
Com plantas de porte geralmente pequeno a médio, embora algumas espécies possam facilmente ultrapassar comprimentos superiores a um metro, as espécies do género Bulbophyllum apresentam um porte rastejante, com crescimento simpódico, pseudobulbos notáveis em tamanho comparados com as dimensões das flores e das folhas, que têm textura carnuda, cerosa, coriácea, geralmente portando uma, e menos frequentemente duas folhas inseridas apicalmente.
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A forma das flores é extremamente variável, com tamanhos que variam de 2 mm a 400 mm. Uma característica comum é a presença de um labelo articulado, com papel na polinização, onde praticamente o labelo é usado como uma alavanca, catapultando os polinizadores, geralmente moscas de tamanho reduzido, na direção das polínias e da superfície estigmática. As flores têm geralmente uma duração de vida curta, de 5 a 7 dias, mas compensam este aspeto com florescimentos repetidos. Algumas espécies e alguns híbridos têm flores perfumadas, embora o seu perfume nem sempre seja agradável, por vezes lembrando o cheiro de queijo velho.
Atualmente considera-se que o género Bulbophyllum inclui mais de 2000 espécies predominantemente tropicais e subtropicais, com algumas espécies presentes inclusive em climas temperados. Mais de 25 espécies estão presentes na América do Sul e Central, até à zona do Caribe, e a maioria encontra-se na África equatorial, Madagascar, Ásia, desde as encostas dos Himalaias até à Indonésia, Vietname, Camboja, Malásia, Filipinas, Java, Bornéu, Sumatra, Sulawesi, Nova Guiné, Austrália e Nova Zelândia. A Nova Guiné é considerada o centro de origem da espécie, encontrando-se nesta ilha mais de 600 espécies.
A maioria das espécies do género Bulbophyllum prefere climas quentes, com temperaturas invernais que não descem abaixo de 15 ℃ , e as temperaturas diurnas na estação quente situam-se no intervalo de 23 – 27 ℃ . Uma boa ventilação é essencial e necessária para o cultivo bem-sucedido das espécies do género Bulbophyllum.
As orquídeas Bulbophyllum e Cirrhopetalum gostam de luz, não necessariamente intensa, sendo necessária uma ligeira sombra para as plantas e proteção contra os raios diretos do sol no verão. Em geral, os valores da radiação luminosa situam-se no intervalo de 20000 – 35000 lux, estes valores favorecendo categoricamente as florescências abundantes.
A humidade atmosférica necessária para o cultivo é média, com valores em torno de 60%, característica comum ao cultivo em condições de apartamento. As regas serão frequentes, pois tanto as plantas montadas em placas como as plantadas em vasos preferem água em abundância, numa medida maior do que a maioria dos outros géneros de orquídeas. Se normalmente se recomenda não regar, no caso de existirem dúvidas, as espécies do género Bulbophyllum são a exceção a esta regra no cultivo de orquídeas.
As fertilizações devem ser feitas regularmente, a cada rega, semanalmente, mas serão suspensas durante um mês, no período frio.
As espécies do género Bulbophyllum preferem montagens mínimas, seja em placas de cortiça ou casca, seja em vasos, com casca de tamanho pequeno a médio, musgo sphagnum, perlita, carvão, pedaços de fibra de coco ou composto. Podem ser divididas e transplantadas preferencialmente quando se nota um crescimento exagerado das plantas fora dos vasos.
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