Phalaenopsis Taisuco Jasper é outro híbrido complexo, com numerosas espécies botânicas cruzadas em diversas proporções, produzido pela Taisuco em 2009 - talvez a mais notória empresa taiwanesa produtora de híbridos de Phalaenopsis - juntamente com a muito mais conhecida empresa Sogo, Jasper é o resultado do cruzamento de um híbrido complexo premiado (Phal. Sogo Medal) com uma espécie botânica (Phal. Pulcherima).

Embora esteja presente há mais de 9 anos em cultivo e seja intensamente procurado por amadores e profissionais, Phalaenopsis Taisuco Jasper não foi utilizado na criação de híbridos, em comparação com o recente Phalaenopsis Taiscuco Yellow Chocolate, de 2017, que já está registado como progenitor do Joy Spotted Cat.
Com 14 espécies botânicas na sua composição, mas com participação desproporcionada (uma vez que Phalaenopsis Pulcherima detém uma quota de 50,2% neste táxon, embora fenotipicamente a sua presença não se destaque, exceto pela forma típica das flores, mais precisamente pela crenulação específica na margem das pétalas superiores), a cromática deste híbrido impressiona, alternando zonalmente entre contrastes fortes de violeta e branco, até roxo escuro e fúcsia, ao nível das pétalas superiores, da coluna, do labelo e dos seus lóbulos, até pastéis difusos que lembram a técnica da aguarela, ao nível central das pétalas, sépalas e da zona dorsal, onde estas difundem até tons amarelados ou por vezes mesmo ocre.
Na sua composição encontram-se espécies com variações pronunciadas (Phalaenopsis amboinensis 15,63%, Phalaenopsis fasciata 0,39%, Phalaenopsis hieroghyphica 0,39%), espécies com coloração obscura, escura, como Phalaenopsis venosa, 12,5%, espécies das quais herda e fixa a coloração predominante formada por tons de rosa, violeta, ciclame e branco, como Phalaenopsis amabilis var. amabilis 7,64%, Phalaenopsis Aphrodite 2,97%, Phalaenopsis lueddemanniana 1,95%, Phalaenopsis sanderiana 0,15%, Phalaenopsis schilleriana 0,03%, Phalaenopsis aphroditae 0.01%, Phalaenopsis stuartiana 0,03%, e claro, Phalaenopsis equestris, com 0,15%, da qual recebe o porte reduzido e o atributo das flores múltiplas em hastes ramificadas.
As flores com diâmetro de 4,5 cm persistem por aproximadamente 2 meses, encantando pela cromática distinta, e a sequencialidade parcial que determina a abertura gradual das flores contribui para a estética deste táxon. Se adicionarmos também o facto de que, tal como a maioria das espécies do género Phalaenopsis e implicitamente dos seus híbridos, geralmente se produzem múltiplas florações anuais, podemos apreciar que vamos admirar este táxon excecional, em todo o seu esplendor, por pelo menos 4 meses por ano.
Com um porte médio, e uma preferência por estações terrestres e ocasionalmente epífitas, conforme as preferências das espécies parentais, com crescimento monopodial, e folhas grossas, de consistência coriácea, formando naturalmente keikis basais, como resultado do peso percentual massivo da espécie Phalaenopsis (ex. Doritis) pulcherrima, Phalaenopsis Taisuco Jasper impressiona não só pelas flores com coloração distinta, aspecto definidor das linhas asiáticas e especialmente taiwanesas, mas também pela robustez e porte compacto.
Pode tolerar condições de intensidade luminosa forte, ao contrário de outras espécies do género, podendo estes valores subir até 18000 lux. A tolerância à intensidade luminosa elevada também se revela ao nível dos valores térmicos, onde o limite superior pode atingir os 32 ℃, aspecto que aproxima este táxon mais das condições necessárias para o género relacionado Vanda, em comparação com a metodologia de cultivo geralmente aplicada para Phalaenopsis.
A rega adequada para este híbrido seguirá a rotina já conhecida para o género, realizada semanalmente, com a condição de permitir que o substrato seque entre regas. Da mesma forma, a fertilização não apresenta problemas especiais, sendo realizada gradualmente ao longo do ano, a cada 3ª ou 4ª rega, tendo porém o cuidado de, na rega imediatamente após a fertilização, permitir a lavagem abundante do substrato para remover o excesso de fertilizante, que pode depositar-se sob a forma de cristais nas raízes, causando queimaduras químicas. É possível, dependendo das preferências, intensificar a rega e fertilização durante a estação quente, para depois reduzir na chegada da estação de inverno, quando o nível baixo de temperatura e luz não permite metabolizar os nutrientes tão eficientemente, pelo que o crescimento é consequentemente retardado.
A tolerância deste híbrido é relativamente generalizada, suportando mínimos de humidade com valores entre 55 - 60%.
O meio de cultura recomendado será composto por casca de granulometria reduzida, com até 1 parte para 4-5 partes de turfa de coco, fibra de coco, areia ou carvão, para garantir uma drenagem adequada e uma aeração eficiente do substrato e das raízes. Como variantes inorgânicas para os melhoramentos que podem ser feitos ao substrato, existem também as bolas de cerâmica expandida e pedra-pomes, de granulometria média a grande (0,5 - 1 cm de diâmetro).
A troca dos recipientes será feita no início do crescimento, quando as raízes tenderem a crescer para fora do vaso, momento que indica que a época adequada para o replantio começou, e pode-se intervir nesse sentido, geralmente após o término do período de floração. Como Phalaenopsis Taisuco Jasper tem a característica de formar facilmente keiki basais, recomenda-se a multiplicação através da divisão dos filhotes da planta-mãe, assim que se observar a formação de raízes.
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