Orquídea Paphiopedilum - Características e guia de cuidados

Orhidee Paphiopedilum - Caracteristici si ghid de ingrijire

O nome das orquídeas do género Paphiopedilum, em romeno, nomeadamente "Papucul lui Venus", é uma tradução da designação científica. Embora não existam espécies de Paphiopedilum em Chipre, ou sequer na Europa, durante muito tempo estas foram associadas às espécies do género Cypripedium - que estão presentes na zona mediterrânica, incluindo no resto da Europa, inclusive na Roménia, onde a espécie Cypripedium Calceolus (Papucul Doamnei) está presente e registada com estatuto de Monumento da Natureza. As espécies propriamente ditas de Paphiopedilum, presentes no comércio hortícola, e que estão na base da maioria dos híbridos disponíveis atualmente, têm origem no leste asiático.

O género divide-se funcionalmente em duas categorias: espécies com folhas verdes, uniformemente coloridas, que preferem condições de temperatura mais elevada, e espécies com folhas manchadas, com flores de dimensões mais reduzidas, que preferem condições de temperatura mais baixa e oferecem mais flores por ano (em comparação com as de folhas verdes uniformes, onde existe uma única floração por ano).

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A Orquídea Paphiopedilum é uma planta compacta, com floração relativamente frequente e prolongada - as flores mantêm-se entre 6 semanas e 3 meses - fácil de cultivar em condições de apartamento. Floresce no outono, verão e primavera, uma a até 3 vezes por ano, dependendo da espécie ou híbrido cultivado. Após o murchar e queda das flores, recomenda-se cortar os caules o mais próximo possível da base, para estimular nova floração, após um período de aproximadamente 9 meses.

Taxon epífito (cresce em árvores) ou litófilo (cresce entre pedras), prefere substratos de casca com granulometria média ou em mistura com cascalho, pedra-pomes ou tufo vulcânico, de 0,5 - 1,5 cm de diâmetro, numa percentagem de 25%. O meio preferido de cultivo é geralmente representado por diversas misturas de casca de abeto ou pinheiro, folhas secas, musgo sphagnum, vermiculite, carvão. Não existe um padrão neste sentido, ficando a escolha do substrato em grande parte a cargo do cultivador, mas é necessário mudar o substrato assim que se observe compactação e/ou decomposição acentuada do mesmo, pois ambos os aspetos podem levar à deterioração séria das plantas.

As temperaturas de crescimento variam de mínimas de 10 - 16 °C a máximas de 24 °C, e a humidade de 40% a 80%.

Contendo espécies sciáfilas (amantes da sombra), aspeto que se mantém também nos híbridos e variedades de cultura - motivo pelo qual representam os companheiros perfeitos para os géneros Phalaenopsis e Zygopetalum - os representantes do género Paphiopedilum não devem ser expostos à luz direta. As condições naturais do ambiente, representadas pelas zonas sombreadas das florestas, sob dossel denso ou arbustos, com noites frias necessárias para o início da floração, são indicações úteis na criação de condições para estas espécies em cultura de interior, mas segundo a American Orchid Society, P. maudiae e os seus híbridos não necessitam dessas condições, florescendo facilmente ao longo do ano a temperaturas constantes a partir de 18 °C.

A rega recomenda-se uma vez por semana, por imersão durante 10 minutos, seguida de drenagem da água. Além disso, são recomendadas pulverizações adicionais do substrato na época quente, evitando no entanto a pulverização excessiva das folhas.Para um desenvolvimento adequado, é importante não permitir o ressecamento completo do substrato, pois ao contrário de outros géneros (Phalaenopsis, Vanda, Oncidium, o supergénero artificial Cambria, e de facto a maioria dos táxons botânicos ou de cultura da família Orchidaceae), o género Paphiopedilum não possui tecidos de armazenamento de água e substâncias nutritivas (folhas e raízes espessadas, pseudobulbos, caules com aspeto de canas), pelo que as plantas sentem fortemente as variações na disponibilidade de água e nutrientes. Se preferir manter os vasos em máscaras cerâmicas decorativas, deve evitar a estagnação da água nestes.

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