Lycaste skinneri, também conhecida como Lycaste virginalis, é uma espécie epífita, originária do México, Guatemala, El Salvador e Honduras, com distribuição a altitudes de 1650 metros acima do nível do mar.
A espécie foi descoberta em 1843 por John Lindley (5 de fevereiro de 1799 - 1 de novembro de 1865), botânico, horticultor e orquidólogo inglês, sendo inicialmente classificada no género Maxillaria.
Das suas grandes pseudobulbos crescem folhas longas, e as flores, geralmente individuais, são triangulares, crescem na base do pseudobulbo mais jovem e medem entre 10 e 15 centímetros. Estas variam desde completamente brancas (na variedade "Alba"), até vários tons de rosa. Esta pureza das cores faz dela a melhor candidata para a formação de híbridos de Lycaste.
O período de floração é geralmente entre novembro e abril, com o auge no final de janeiro e início de fevereiro. Uma planta madura pode produzir entre 4 e 12 flores durante o período de floração e estas podem durar até 6-8 semanas.
Lycaste Skinnerii é uma planta hermafrodita, capaz de produzir milhões de sementes dentro de um fruto em forma de cápsula. No entanto, as condições necessárias para a germinação incluem a presença de um certo tipo de micélio, o que torna esta planta muito rara. A sua comercialização é proibida na Guatemala, onde também é chamada "Monja Blanca" - "Freira Branca"; foi escolhida como flor nacional devido à sua beleza e raridade, a 11 de fevereiro de 1934. Em 1997, quando a Guatemala começou a produzir a moeda de 50 cêntimos, foi gravada no anverso e reverso da moeda.
Lycaste Skinnerii encontra-se nas florestas húmidas de pinheiro, carvalho e árvores de borracha no México, Guatemala, El Salvador e Honduras, sendo mais comum na Guatemala. Pode ser encontrada tanto em estações epífitas como litófitas. Embora a espécie cresça a altitudes de 1650 metros, não sofre com as temperaturas elevadas durante o verão nem com as temperaturas baixas durante o inverno, nas condições de cultivo em apartamento. A espécie prefere temperaturas mais baixas, sendo recomendada a manutenção dos exemplares a temperaturas inferiores a 28 °C durante o verão e entre 14 - 20 °C durante os dias de inverno e acima de 10 °C à noite.
A humidade ótima é de 50% - 70%, segundo alguns autores, como regra geral, mas os especialistas recomendam esquemas mais complexos, que indicam um limite inferior de 70% do índice de humidade, com valores de 90% para as horas da manhã, pois o ar demasiado seco afeta o desenvolvimento das plantas ao retardar o crescimento e ao fazer murchar e secar as flores.
O meio de cultivo indicado conterá uma mistura de casca de coníferas com carvão, argila expandida, espuma hortícola e folhas de bétula, podendo utilizar-se vasos de cerâmica não vidrada para assegurar a aeração adequada das raízes.
Nos períodos de formação de novos crescimentos, Lycaste skinnerii necessita de regas frequentes e abundantes, evitando porém a estagnação da água nos recipientes de cultivo ou nas bandejas correspondentes, pois pode provocar a decomposição das raízes e das partes inferiores da planta. Deve garantir-se a secagem relativa do meio de cultivo entre regas. Durante o período de verão, recomenda-se pulverizar as plantas para aumentar a humidade do ar.
As fertilizações serão administradas a cada 2-3 semanas durante o período de crescimento, em concentrações de 25% - 50% da dosagem indicada, sendo aplicadas tanto por via radicular (para as raízes, por imersão), como foliar (por pulverização das folhas), sendo o método mais indicado a alternância entre os tipos de aplicação.
O período de repouso requer colocar as plantas nos locais mais luminosos possíveis e mantê-las a temperaturas entre 14 - 20 °C durante o dia e no mínimo 10 °C durante a noite. As regas serão ligeiramente reduzidas, sendo administradas aproximadamente a cada 2-3 semanas. Se se observar uma desidratação acentuada dos bulbos, recorrer-se-á a pulverizações semanais. As plantas podem florescer antes e no final do período de repouso. O repouso terminará no início de março, quando as temperaturas começam a subir.
Lycaste skinnerii adora luz solar intensa, mas sem que seja direta, sendo recomendada a evitação da exposição durante a tarde ou à noite, especialmente em dias quentes, quando é preferível colocar as plantas atrás de uma cortina ou à sombra de outras plantas, para evitar queimaduras solares.
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