Denominado por Lindley em 1843, o género Lycaste, abreviado Lyc. na horticultura, provavelmente tira o seu nome do de uma ménade, acompanhante do deus Dionysus, da mitologia grega. Inclui aproximadamente 30 espécies, que têm como características comuns pseudobulbos grandes, ovóides, folhas finas, frágeis, pregueadas, e flores de dimensões consideráveis, lembrando na forma as das espécies do género Maxillaria, com o qual está relacionado, mas categoricamente maiores do que estas. As espécies do género Lycaste distribuem-se desde o México até à zona tropical da América do Sul.
As flores possuem três pétalas e três sépalas, as pétalas sendo geralmente amarelas, brancas ou laranja, e as sépalas amarelas, laranja, verdes ou vermelho castanho. Tanto nas pétalas como nas sépalas podem estar presentes colorações mais densas ou mais raras com manchas vermelhas, púrpuras ou vermelho castanho. O labelo pode ser semelhante às outras duas pétalas, como é o caso das espécies Lycaste aromatica ou Lycaste brevispatha, ou colorido distintamente, como em algumas subespécies e variedades de Lycaste macrophylla. O tamanho das flores é geralmente de 5 – 10 cm, com algumas espécies, como Lycaste schilleriiana, que podem atingir dimensões de 16 – 18 cm de diâmetro. Algumas espécies apresentam flores perfumadas, por vezes lembrando canela e cravinho.
O género Lycaste está dividido em 4 secções, das quais uma possui duas subsecções:
- Secção Deciduosae – com espécies cujas folhas caem durante o período de repouso:
-Subsecção Xanthanthe – com flores de cor amarela até laranja
-Subsecção Paradeciduosae – com flores brancas salpicadas de rosa;
- Secção Longisepalae – com sépalas muito longas;
- Secção Macrophyllae – mantém as folhas durante o período de repouso;
- Secção Fimbriatae – apresenta labelo com franjas.
Os híbridos das espécies de Lycaste produzem flores especiais, por vezes várias por haste floral, outras vezes solitárias, mas com numerosas hastes, que emergem da zona basal de cada pseudobulbo maduro, geralmente na estação fria e nos meses de primavera, embora tenham sido observadas várias exceções a esta regra. As flores, de tamanho médio a grande, são persistentes durante muito tempo e perfumadas.
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As exigências de luminosidade são semelhantes às das espécies do género Cattleya, de 20000 – 35000 lux, preferindo locais ligeiramente sombreados durante os meses de verão, e locais mais expostos durante o outono e o inverno.
Temperatura ideal para as orquídeas Lycaste situa-se entre 10 – 15 ℃ durante a noite e 20 – 25 ℃ durante o dia. No verão, as temperaturas podem ser mais elevadas. No entanto, constatou-se que a maioria das espécies e híbridos adapta-se muito facilmente às condições de interior.
A humidade adequada para as espécies do género Lycaste deve situar-se entre 50 – 70%, o que sugere que as orquídeas do género Lycaste estão entre as espécies mais tolerantes à seca.
Deve-se ter em conta que muitos exemplares de orquídeas do género Lycaste comuns no comércio hortícola são híbridos de espécies pertencentes à secção Deciduosae, pelo que é absolutamente normal que percam as folhas ao entrar na época de repouso. No período de crescimento, de março a novembro, as espécies e híbridos do género Lycaste preferem regas abundantes e frequentes, necessitando de muita água para um crescimento adequado que garanta florações. Também é normal que as pontas das folhas fiquem castanhas, especialmente antes da queda destas. As regas serão suspensas, tendo apenas caráter ocasional, no máximo uma vez por mês, durante o período de repouso, voltando ao esquema normal de rega assim que se observar o início de novos crescimentos. Se se observar uma desidratação acentuada dos bulbos, recorrer-se-á a pulverizações semanais.
Para a fertilização das orquídeas do género Lycaste deve ser utilizado um fertilizante equilibrado, com uma fórmula NPK do tipo 30 – 30 – 30, e a aplicação do fertilizante deve ser feita a cada rega, no caso de plantação em casca, ou a cada 3ª ou 4ª rega, se as plantas estiverem plantadas em musgo de turfa. No final do outono, com o término do mês de novembro, as fertilizações serão suspensas e será administrada apenas água.
As florações ocorrem geralmente do final do inverno até ao início da primavera, com flores grandes, de 10 a 15 cm de diâmetro, em hastes florais que emergem da base dos pseudobulbos de maiores dimensões.
As replantas devem ser feitas após o término da floração, utilizando para isso casca de pinho de granulometria pequena a média, musgo sphagnum, ou ambos, numa mistura com perlita. Os exemplares podem ser divididos assim que desenvolverem pelo menos 6 pseudobulbos. Os pseudobulbos velhos também podem produzir novos crescimentos, mas por vezes pode demorar mais tempo, cerca de um ano.

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