Espécie botânica do género Cymbidium, descrita por John Lindley em 1859, com distribuição que abrange o Assam indiano, leste do Himalaia, no Nepal e Butão, oeste do Himalaia, no Myanmar, China e Vietname. Cymbidium Erythraeum prCresce em encostas íngremes de florestas perenes abertas, povoadas por musgo, a altitudes entre 1000 e 2400 m, em habitats epífitos ou litófilos.
Sinónimos aceites para esta espécie são Cymbidium erythraeum var. flavum (Z.J.Liu & J.Yong Zhang) Z.J.Liu, S.C.Chen & P.J.Cribb 2009; Cymbidium flavum Z.J.Liu & J.Yong Zhang 2002; Cymbidium hennisianum Schltr. 1918; Cymbidium longifolium Lindley 1833; Cyperorchis hennisiana (Schltr.) Schltr. 1924; Cyperorchis longifolia (D.Don) Schltr. 1924.
Espécie de porte pequeno a grande, Cymbidium Erythraeum possui pseudobulbos ovóides, comprimidos bilateralmente, que carregam 5 - 9 folhas linear-oblongas, dísticas, que se estreitam gradualmente para a ponta, e que se inserem a 3 - 6 cm nestes.
A floração ocorre no final do verão até ao início do outono, em hastes suberectas, quase arqueadas ou horizontais, sob a forma de inflorescências longas (25 - 75 cm), racemosas, que carregam 5 - 14 flores perfumadas, providas de brácteas lanceoladas, agudas e triangulares. As flores medem 8 cm de diâmetro, com pétalas e sépalas verde-acinzentadas ou castanho-esverdeadas, com riscas castanhas e vermelhas. O labelo apresenta uma cor de fundo branca ou branco-amarelada, com o calo creme e a coluna amarela. Os lóbulos laterais apresentam nervação vermelha.
A luminosidade preferida por esta espécie é média a forte, estando compreendida entre 15000 - 25000 lux.
Do ponto de vista térmico, Cymbidium erythraeum necessita de temperaturas entre 18 - 24 °C durante o dia e entre 10 - 16 °C durante a noite.
A humidade necessária é de 50 - 60% durante o verão, e de 40 - 50% durante o inverno.
O meio de cultura e o substrato devem garantir uma drenagem eficiente e ter uma estrutura pesada e granulação grande, podendo utilizar-se para isso 60% de casca de pinho com granulação 20+, misturada com fibra de coco e areia, complementando com 30% de terra de turfa.
Recomenda-se a troca dos recipientes de cultivo apenas se for absolutamente necessário - por exemplo, no caso da rega com água da rede de distribuição, cujo pH é elevado, será necessária a troca do meio de cultura, geralmente a cada 2 anos, para manter um pH favorável, de aproximadamente 5,5 - 6,5. O aumento do pH não permitirá que as plantas assimilem eficazmente nutrientes como o ferro, levando assim ao desbotamento e amarelecimento das folhas. Além disso, tais condições levam ao acúmulo de sais provenientes do fertilizante ou da água de má qualidade, acumulando-se a uma taxa muito maior do que a capacidade das plantas de metabolizar esses sais, o que acaba por queimar as raízes. Um bom indicador da necessidade de intervenção através da troca do substrato é o aparecimento de micélio e bolor no substrato, a podridão ou murchamento dos novos brotos ou da base dos pseudobulbos. O período indicado para o transplante é o momento do desenvolvimento dos novos brotos, quando estes tiverem cerca de 5 cm e forem capazes de gerar raízes próprias (março - abril).
A rega será realizada com uma frequência de 1 a 2 vezes por semana, dependendo fortemente da intensidade luminosa e da temperatura. Quando a luminosidade é alta, o substrato será mantido permanentemente húmido, quase molhado, e quando houver condições de sombra, a rega será reduzida ao mínimo para impedir a instalação da podridão das raízes.
A fertilização implicará a administração de fertilizantes diluídos, eventualmente granulares, de libertação gradual, preferindo o azoto e o fosfato na primavera, idealmente pelo menos 10 dias antes do desenvolvimento das raízes dos novos crescimentos. Podem ser usados fertilizantes não específicos em forma líquida, administrados semanalmente ou a cada rega, respeitando um grau de diluição de 50% em relação às indicações da embalagem. Uma fórmula correta é representada por proporções iguais de azoto, fósforo e potássio.
Cymbidium Erythraeum não necessita de um período de repouso para estimular a floração, mas é possível reduzir a rega durante o inverno, desde que não se permita a secagem total do substrato. Também a fertilização pode ser reduzida ou suspensa neste período, retomando a rotina habitual com o aparecimento dos novos crescimentos, na primavera.
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